terça-feira, 8 de março de 2011

Poetas






Desencanto (MANUEL BANDEIRA)


Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.


Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.


E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.


- Eu faço versos como quem morre.




2 comentários:

  1. Olá, incluí seu blog no BLOG DE BLOGS, um índice de blogs e outros links:

    http://www.blogdlinks.blogspot.com/

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  2. Ja vi que estou em ótima companhia....
    Recomendo a consulta.
    Obrigado Celia,pela inclusão e pela visita.
    Paz e Luz pra todos nós

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